Pequeninos e gordinhos


Por Paula Martins*

Será uma das grandes problemáticas do século em que vivemos, mas prefiro encará-la mais como um desafio e menos como um problema. A deficiente educação alimentar que chega às crianças dos nossos dias tem vindo a revelar-se como uma falha importante, cujo resultado são comportamentos desequilibrados e hábitos prejudiciais à saúde dos mais pequenos. Cabe-nos a nós, como pais, educadores e profissionais, assegurar que passamos às crianças a informação, as ferramentas e os exemplos que as levarão a ser adultos saudáveis. Podemos começar por lhes ensinar o que é bom e o que é menos bom, podemos ensinar-lhes que o menos bom é exceção, podemos ensinar-lhes que as exceções não são todos os dias, podemos ensinar-lhes o que fazer todos os dias. O melhor método será sermos nós próprios adultos saudáveis, equilibrados e conscientes das nossas escolhas alimentares e fazermos deles seres semelhantes, estando provado que em idades precoces a imitação é uma das formas de aprendizagem mais eficiente. Aliada a esta atitude, convém ter em atenção a disponibilidade e a variedade de opções alimentares que as crianças têm disponíveis. De nada serve dizer-lhes que não podem beber refrigerante se ao chegar à mesa ela avista a garrafa. De nada serve dizer-lhes que os doces são só nas festas se ao chegar à escola lhes forem oferecidos. De nada serve dizer-lhes que devem comer muita fruta, se não lhes é servida nem se encontra visível. Façamos deles pessoas melhores, eduquemos os pequenos agora para que não sofram no futuro.

*nutricionista e criadora do sítio nutrisaber.com

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