Por António Dias*
É interessante como numa terra cheia de alusões masculinas é possível encontrar tantas mulheres de referência. Na edição de março 👉 http://bit.ly/2mT0RlM falamos com algumas delas: Teresa Porém, Ana Ribeiro, Maria da Luz Rosinha e Ana Batista são exemplos de coragem. Há quem diga que esta é uma visão redutora da realidade e até um pouco paternalista. Porque será que temos que ver o sexo feminino como o mais fraco? O problema é que a luta sempre existiu em todas as fações sociais: ricos contra pobres, altos contra baixos, poderosos contra fracos, brancos contra pretos, bonitos contra feios, cristãos contra todos os outros. Bem vinda(o) ao mundo em que vivemos. O problema acaba sempre por ser global. Cada um luta pela sua diferença e destaque. Infelizmente, costumam vencer os mais “fortes”. Porém, o que nos faz seres humanos é a nossa suposta capacidade para sermos melhores. De raciocínio. Daí ser tão importante a educação e o respeito pela diferença. Uma sociedade mais justa só surge de uma escola aberta, eficaz, inclusiva e plena de afetos. E isso conduz a indivíduos completos e, por consequência, famílias mais felizes. Parece simples e, no entanto, ainda morrem mulheres às mãos dos seus “amados”; pretos são mortos pela cor da sua pele; gays são desprezados pela sua orientação sexual. Com o Trump nos EUA, a descriminalização da violência doméstica na Rússia e tanto discurso de ódio por aí, como se muda isto? Esta é a notícia que, temo, poderá ser dura: é quase impossível. Mesmo nas sociedades consideradas mais avançadas em direitos sociais existem exemplos de violência. Para a Amnistia Internacional “o mundo tornou-se, em 2016, um local mais sombrio e mais instável, devido ao agravamento de conflitos como a Síria e dos discursos do medo na Europa e EUA”. Não deveria ser o contrário? Não aprendemos com o passado? Por isso é tão importante o papel da comunicação social para manter a liberdade e o equilíbrio. Todos os meses a gira pretende dar o seu contributo com os melhores exemplos. Temos feito isso desde o número 1. Já falámos dos nossos voluntários (dezembro), do talento que há na região (janeiro), de casais onde o amor ultrapassa todas as barreiras (fevereiro) e, em março 👉http://bit.ly/2mT0RlM, mostramos algumas mulheres que são o exemplo para todas as outras. Em abril? Bom, terás que esperar para ver.
*diretor da revista gira
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