Os animais são nossos amigos e, sobretudo, grandes companheiros e ensinamentos para os nossos filhos. Os conselhos do nosso especialista em pets.
Por Daniel Gonçalves*
Muitas vezes, temos animais de estimação por causa dos nossos filhos. Fazem companhia, transmitem afetos, ensinam algo sobre a natureza e ajudam a passar o tempo. Sejam cães, gatos, periquitos ou mesmo hamsters, um pet é sempre sinónimo de aprendizagem. Existem até diversos estudos que comprovam as vantagens de ter animais perto de crianças: ajudam na concentração, reduzem os índices de alergias, desenvolvem a afetividade, melhoram a capacidade de comunicação, entre outras. Nem toda a gente tem capacidade para ter cães em casa, mas é sempre possível ter uma aquário ou uma gaiola com uma ave. Lembra-se quando, no passado, brincávamos com os bichos da seda? São pormenores como este que transmitem conhecimentos e deixam recordações bonitas do passado.
Porém, existem regras e cuidados a ter sempre que tiver crianças e animais na mesma casa. Um dos primeiros conselhos é definir bem a diferença entre os animais que temos em casa e aqueles que nos são desconhecidos. É importante dizer ao menor que nem todos os animais reagem da mesma maneira aos nossos impulsos e, por isso, é preciso sempre ter atenção. É fulcral que se ensine a respeitar o espaço do animal. Ele não é um objeto mas um ser vivo e, como tal, necessita de cuidados, atenção e liberdade para crescer e viver. Por exemplo, a hora das refeições para um cão é sagrada e deve ser respeitada. Nos tempos livres, deve tentar perceber quais a brincadeiras que melhor se adequam. Os cães também sentem medo e podem reagir de forma defensiva. Por isso, sobretudo em idades mais baixas, supervisione sempre a relação entre animais e crianças. O mesmo vale para momento em que o cão rói um osso ou manipula um brinquedo. Todo o cuidado é pouco. No ano passado, foram registados quase 200 ataques de animais a pessoas em Portugal. Um dos casos, foi de um pitbull, em Rio Maior, que estava na casa dos proprietários e atacou uma menina que acabou por recuperar. Casos como estes devem servir de alerta.
Há, claro, que habituar o animal ao ser humano. E esse trabalho deve ser feito em conjunto, adultos e mais novos. O cão ou gato deve perceber as regras e as vantagens do bom comportamento. Por exemplo, recompensa com uma guloseima sempre que o teu pet se portar bem. É uma forma de treino positivo. As festas devem ser feitas, de preferência, no peito, nuca ou dorso. Evita colocar as mãos ou a cara perto das garras de um gato ou do focinho de um cão. Isso pode causar medo ou ser percetível como uma demonstração de agressividade. E, claro, lembre sempre o seu filho, neto, sobrinho ou amigo que os animais também sentem dor. Atitudes brutas e violentas podem receber ataques de surpresa. O melhor é correr, brincar na rua, usar objetos próprios como bolas, freesbees, que queimam as energias acumuladas e tornam o convívio mais saudável e seguro. Nos primeiros tempos, use trela sempre que está a treinar o seu cão. É uma forma de controlo e segurança
Mantenha-se sempre informado sobre as possibilidades que existem no mercado que ajudam a criar ambientes favoráveis.
*gerente de O Koala e cronista na gira
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