Ciclovias vão aumentar

Vila Franca de Xira vai ter mais de 100 quilómetros de ciclovias. As obras deverão começar em breve e a primeira fase estará pronta em 2018. O concelho tem já 13 quilómetros de percursos à beira Tejo que são utilizados, sobretudo, para lazer. A ideia agora é introduzir zonas de circulação na malha urbana com o intuito de potenciar o uso diário da bicicleta em vez do automóvel. "De casa para o trabalho ou da escola para casa e vice versa. É este o intuito desta rede". Palavras do vice-presidente da Câmara de Vila Franca, Fernando Paulo Ferreira, na apresentação deste projeto que decorreu no núcleo museológico da Póvoa de Santa Iria. Localidade, aliás, onde serão feitas as primeiras obras que ligarão a ciclovia ao concelho de Loures. No futuro, será possível circular entre a Vala do Carregado até ao Parque das Nações de bicicleta. No entanto, este caminho intermunicipal, sem data definida, está ainda em fase de estudos e avançará ao ritmo de cada município. O troço vilafranquense parece estar em andamento, num investimento inicial de sete milhões de euros. O presidente do município, Alberto Mesquita, lembra que esta é uma obra importante também para trazer turistas à região. "Aquilo que estamos a trabalhar com os municípios de Loures e Lisboa é para trazer mais visitantes à região". Além de percursos exclusivos ou partilhados com peões e automóveis, está prevista também a requalificação da nacional 10, entre a Póvoa e Alverca. Uma obra dependente da aprovação dos fundos europeus. Esta será portanto uma minirevolução na forma de circular no concelho. Gonçalo Mendonça, de Alhandra, trabalha em Sacavém e assegura que "se trabalhasse aqui usaria a bicicleta". Rute Carvalho, a namorada, é da margem sul, e adora este caminho. "É longe da confusão de Lisboa e aqui junto ao rio é um sossego". Em Portugal, apenas dois por cento da população usa a bicicleta no dia a dia. No entanto, o número tem vindo a aumentar. Nos anos 1990 vendiam-se, em média, 400 mil bicicletas por ano e, em 2014, por exemplo, foram comprados mais de milhão e meio de veículos não motorizados de duas rodas. Este parece ser, portanto, um caminho de futuro.

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