Há noite em Vila Franca



O fim de semana está quase à porta. E ao contrário do que se diz por aí, há noite que se farta na região de Vila Franca de Xira. Locais emblemáticos, renovados ou novos. Escolha há, basta que apareça. A noite até pode começar no Villa Rio, em Alhandra (foto em cima), que agora tem almoços e jantares com novo chef. O prego da vazia em bolo do caco é um dos pratos incluídos na nova carta. O bife de vazia desfaz-se na boca como manteiga, as cebolas caramelizadas estão no ponto, o pão é fresco e fofo, o creme de alho é divinal. Juntos compõem uma experiência gastronómica sublime. O edifício histórico em Alhandra, à beira Tejo, alberga um dos espaços noturnos de maior sucesso no concelho de Vila Franca de Xira. “Os nossos padrões de exigência são altos. Só assim é possível manter uma casa como esta por tanto tempo”, explica Iola Martins, gerente do bar que agora alargou o seu horário e área de restauração. “Aumentámos o tempo de funcionamento e melhorámos alguns aspetos do serviço”, congratula-se a responsável. Para breve preparam a reabertura do dancefloor no primeiro piso e a partir da primavera o terraço estará disponível. Muitas surpresas nos aguardam. À medida que a clientela entra, o novo staff formado pela gerência, sorri e distribuiu pedidos com eficiência. A farda escolhida a dedo, camisas brancas com bolas pretas, suspensórios e laço ao pescoço, confere uma atmosfera sofisticada. Como se estivéssemos numa qualquer outra cidade cosmopolita. O Villa Rio é um exemplo de fulgor na noite de Vila Franca de Xira. Depois das refeições, afastam-se as mesas e a dança começa. Imperdível.
Há outros espaços interessantes pela região, alguns meio desconhecidos, que estão a animar o universo noturno no concelho. É o caso do Décima Arte Coffee Lounge, na Póvoa de Santa Iria. O local abriu há dois anos e é “um ponto de encontro para pessoas de todas as idades que gostam de estar descontraídas”, descreve Carla Fernandes. Os proprietários começaram por ser gestores do bar da praia dos pescadores, chegaram a ter outro café e decidiram arriscar neste lounge. Há bebidas, crepes, tostas e doces. O rés do chão é avant garde enquanto que o primeiro piso puxa por elementos mais exóticos. “Quisemos criar duas zonas distintas para que o cliente pudesse optar por aquele onde se sentisse mais confortável”. A ideia resulta e tem feito sucesso, apesar da longa lista de regras obrigatórias para todos os clientes: é proibido usar chapéu, consumir em pé, colocar os sapatos em cima das cadeiras, entre outras. “Queremos eliminar certo tipo de público. Uma pessoa entra com boné, casaco e cachecol, tira estes acessórios e depois consegue sair sem pagar porque ao mudar a sua aparência perco a noção de quem é. E se permitíssemos enchentes com gente em pé, os nossos empregados, que andam com bandejas, muita vezes com bebidas quentes, podiam colocar em perigo quem está sentado”. Nada disto afugenta os consumidores. “Não me queixo de falta de público”, assegura.
A noite prossegue. Para quem quiser abanar o capacete, a uns dois quilómetros dali há fila já para entrar no Amazing Klub, onde “se juntam pais e filhos”, como admite Miguel Teixeira, proprietário do night club. “Normalmente, começamos com oldies e passamos para temas mais atuais, à medida que a noite avança e o pessoal mais velho regressa a casa, deixando a malta mais nova por aqui. Mas depende do vibe e do DJ”, realça. Isso explica que às 24h esteja a tocar Corona, com “Baby Baby”, uma brasileira e respetivo hit dos anos de 1990, e às 2h já bombava Calvin Harris. É compreensível.
Para quem prefira música ao vivo, existem igualmente diversas hipóteses. O Shark Bar, em Alverca, mantém a tradição de apresentar bandas de covers. O espaço exíguo não afasta ninguém e quem sobra acumula-se no lado exterior de copo na mão. Luísa Nunes e os restantes funcionários desdobram-se para responder aos pedidos enquanto cantaroleiam as músicas que fazem vibrar as paredes. A agitação paira no ar. Quem disse que Vila Franca não é divertida? “Eu acho que no passado houve, de facto, muita variedade. Hoje pode haver menos mas são melhores”, acredita Carla Fernandes.
Um desses locais emblemáticos com muita história é o SoHo Café and Lounge. Este sábado, 11 de fevereiro, há mais uma noite dedicada ao gin com DJ Mikas a pôr música. Os mesmos proprietários gerem o café Puro, réstea de um passado glorioso na noite de Vila Franca. Rita Simão, relações públicas dos dois espaços explica: “queremos ser diferentes. Trazemos bandas com música ao vivo, DJ, fazemos festas temáticas, entre outras. O objetivo é ser original”. Até porque a concorrência é muito forte. Além de Lisboa, que absorve muita da clientela, abriu um novo espaço, em Vialonga, que pretende ser mais uma alternativa. Vasco Pinto, responsável pelo Station - Discoteca, promete bebidas a preços acessíveis, DJ consagrados, festas temáticas e os sucessos do momento, sobretudo de kizomba. O espaço foi decorado por um conhecido graffiter do concelho, com elementos africanos. A nova gerência acredita no sucesso. E claro que há sempre o SIMMS Café Bar, ao lado do antigo Vila Franca Centro, que continua de portas abertas e organiza alguns eventos esporádicos. É muito frequentado pela população estudantil e animado ao final do dia. O ânimo parece regressar. O City Bar, por exemplo, tem nova gerência e promete ser uma boa alternativa mais calma e aprazível, para quem apenas quer tomar um copo. Portanto, escolha existe. Basta que apareça.

Mais fotos da noite vilafranquense no sítio da gira >>> revistagira.com

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