Assinala-se este sábado, 4 de fevereiro, o dia mundial de luta contra o cancro. Uma data que serve para alertar para este problema que mata cada vez mais pessoas, de muitas maneiras. Todos os dias falecem 70 portugueses por causa desta doença. No total, por ano são 25 mil óbitos. Os cancros que mais matam são os do cólon, reto e ânus, assim como os cancros da laringe, brônquios, pulmão e estômago. Lurdes Assunção, de 72 anos (na foto), foi uma das vítimas de um tumor no peito. "Na altura, tinha uns 38 anos, foi um choque, claro. Mas segui todas as regras que os médicos me impuseram. Sou muito pragmática e realista. Foi o que tinha que ser", afirma, sem receio de encarar o passado. Brinca com o facto de ter "retirado a maminha" e ser muito feliz "como está". É uma história de sobrevivência e luta que perpassou para o resto da sua vida. "Tinha uma loja, em Vila Franca de Xira, que deixei ao cuidado de uma funcionária e fiz todos os tratamentos. Depois de ter ultrapassado a doença decidi dar o meu tempo aos outros", recorda. Atualmente dirige o grupo de voluntárias da Liga dos Amigos do Hospital Vila Franca de Xira.“O melhor para os doentes é a troca de experiências. É importante que vejam como está alguém que enfrentou o mesmo no passado”, defende. Estima-se que o número de casos de cancro e mortes relacionadas a nível mundial venha a duplicar nos próximos 20 a 40 anos, especialmente nos países em desenvolvimento. Por isso, a prevenção é a melhor arma e estar sempre sempre atento a pequenos sintomas, como perda de peso e de apetite, fadiga, alterações do trânsito intestinal, sangue nas fezes, fezes brancas e urina escura, tosse que não passa, afta que não cicatriza, líquido no mamilo, idas constantes à casa de banho, impotência sexual, sensibilidade mamária nos homens, incontinência urinária, gengivite, entre outros. Vá ao médico e nunca tenha receio de fazer perguntas. Toda a ajuda e informação disponível na Liga Portuguesa Contra o Cancro. Há um número de telefone de chamada com valor local 808 255 255.
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