Um pouco da minha história



Em miúdo era um apaixonado pela comunicação social. Aos domingos à noite, antes do telejornal, assistia, religiosamente, ao McGyver, Justiceiro, Soldados da Fortuna ou Homem Automático. Cresci a ouvir o António Sala e a Olga Cardoso nas manhãs da rádio Renascença, ao lado do Paulo Ferreira de Melo, que relatava o trânsito em antena. Gravava cassestes com jingles, músicas, sempre interrompidas pelos locutores que eu jurava que faziam de propósito, e cheguei a telefonar para os discos pedidos na rádio Cartaxo. Quando atingi a adolescência comecei a ler, primeiro os livros da coleção Uma Aventura e, depois, passei a comprar revistas e jornais. Ainda ali tenho algumas Visão dos anos de 1990. Ganhei uma menção honrosa num concurso literário, tinha eu 16 anos, e por isso achei que o futuro passava pelo jornalismo.
E assim foi.
Comecei a carreira em janeiro de 2001 e poucos meses depois conheci o Paulo Ferreira de Melo, diretor da rádio Ribatejo, numa entrevista de emprego. O assunto tinha sido tratado pela secretária e só quando o ouvi e ele se apresentou percebi que estava perante um ídolo da adolescência. A Ribatejo FM veio a ser apenas um dos muitos locais onde trabalhei e onde colaboro num programa semanal de entrevistas.
Entretanto, surgiu a gira. Um projeto que nasceu de uma enorme necessidade de mexer com esta terra, encaixada entre o Cartaxo, onde cresci, e Lisboa, onde estudei, trabalhei e vivi muitos anos. Este concelho, com profundas raízes históricas, tradições ancestrais, e gente de alma grande, merece uma revista leve, divertida, com um olhar para a economia da região, virada para o futuro. Queremos ser positivos e lúdicos. E prometemos ser inovadores. Este é talvez o meu maior desafio e tenho sido um felizardo por poder colaborar com gente tão boa, interessante e bonita. Esta revista é minha mas é sobretudo dos meus colaboradores e dos vila-franquenses. Gente gira. Terra gira.

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